![]() 01 Onde termina um grande amor? Um grande amor não termina. Ele se faz em sentimentos de saudade, em tempero da vida, se faz em cada poema e no sorriso das horas que se foram. Um grande amor se faz em cada pensamento, em cada plano, em cada linha que pensamos ser engano. Um grande amor se faz em amizade. É o caminho que se faz concreto de tanto sonharmos acordados. Assim se faz um grande amor que faz bater forte um coração, rompendo as redes, libertando tudo. O amor se faz em quebrar as correntes e libertar todos os sentidos, e fazer tudo valer á pena. E se um grande amor terminar é porque não era um grande amor.
02 Hoje estou planta Ao farfalhar do vento Estou a última estrela da manhã Sucumbindo ao primeiro raio de sol Estou flor perdida Num oceano de lamentos Estou barco á deriva
03 Palavras desenhadas Rimas desconexas Sou eu poema de saudade E um canto a colorir meu sonho às avessas
04 A vida tem dessas coisas De aproximar e afastar É como a onda do mar Que vem e vai Um dia você veio E eu te amei Hoje, de um sonho, pareço acordar Não se zangues comigo, por favor Eu sou como a onda do mar
05 Eu vou sentir saudade Então, não jogue fora o meu riso Das noites que rimos juntos Dos sonhos que sonhamos juntos Afinal o amor ainda existe Só passou a vontade De ficar
06 Passam os anos Cessam os enganos O que parecia tão certo Já se faz tão torto E as horas que eram longas Já não se sente passar Aqui jaz tantos sonhos Aqui jaz tantos planos E tanta despedida se fez Somente o peso dos ossos Segura o corpo Que os pés arrastam Para o infinito de cada um
07 Tantos poemas feitos juntos E de repente a rima se desfez O tempo que parecia tão curto Alongou em tramas de ressentimentos Uma névoa densa entrou pela janela E corrompeu o espaço do meu quarto E cada hora que passa pereço um pouco mais Todos os sentidos se exaltam Tantas histórias contadas E tantos segredos expostos Tantos sonhos revelados e desvelados no tempo Não sei se sou lamento de saudade Ou se a saudade tornou-se o meu lamento Meu coração que andava pulando no peito Coração inquieto busca a quietude da noite Para esbravejar novos versos Mas o contorno disso tudo tem motivos Que até a própria razão, com certeza, desconhece Que nem me atrevo a desvendar o oculto Por trás de tudo que aos poucos se revela Porque nada se esconde para sempre Por que tantos tesouros descobertos? Quem poderá dizer? Talvez tudo seja obra do destino Ou de um gênio malvado, que desfez os laços.
Regina Oliveira
Enviado por Regina Oliveira em 17/01/2025
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