Pobre de ti, Homem das guerras Que já não reconhece mais os seus irmãos Há de definhar triste, sozinho Vagando, para sempre, na escuridão.
Teu rosto, um dia radiante, nos palanques alvoroçados deste mundo, Trará nos sulcos da face, repulsivos Os vermes comendo em pavor profundo.
O sangue dos povos, em suas mãos Não serão lavados, mas impregnados Do cheiro de morte e das dores dos seus irmãos.
Pobre de ti, Homem das guerras Que pavor e dor impinge aos outros seres Morrerá tristonhos e calado, não haverá que possa salvar-te. Da navalha fria que lhe corta a carne e da dor imensa que a si mesmo, pode causar.
Porém, ainda há tempo, Homem das guerras De tirar as mãos destes botões que a figura obscura da morte encerra E cumprir a missão que a ti foi confiada , de guiar para a paz todas as nações.
Regina Oliveira
Enviado por Regina Oliveira em 20/11/2024
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