Intimidade
Minha alma despiu-se do corpo Vejo em mim um corpo Hoje estou um corpo morto Uma forma sem sentido Emitindo ruídos Que a noite lenta Desalentada em desencanto Subestima minha viagem Na minha intimidade Deixo correr a poesia Tal água que desce da montanha Tresloucada estou fria Sem amor Sem nada Nua, desalmada A luz da lua Sou só um corpo morto Um objeto um canto entoado sem coro sem luzes sem ribalta Abjeto, solto Na esfera No espaço No Planeta Terra Absorvendo a energia Do Cosmo Em meu invólucro carnal que já não responde E que em agonia se esconde Na intimidade vegetal De uma alma Que já desistiu de ser real. Regina Oliveira
Enviado por Regina Oliveira em 05/06/2012
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