Aborto
Abortei de mim seu feto funesto.
Corpo de carne a envenenar-me a alma. Dos seus olhos tirei a última imagem. Da sua boca, o último suspiro. Abortei do meu corpo as suas vontades. E , pequei, confesso aos ceus do firmamento. Condenando-me ao inferno do esquecimento. Dos meus pulmões cuspi o sangue da sua ira e nunca mais sentirei a dor do seu beijo. A sua mortalha não mora mais em mim. Meu ventre se livrou do seu tormento. Adeus!
Regina Oliveira
Enviado por Regina Oliveira em 02/02/2012
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