12/04/2013 23h20
ROTEIRO DE VIAGEM - PARATY - RIO DE JANEIRO
PARATY – UMA CIDADE FUNDADA POR MAÇONS Conta-se que no século XVIII as portas e janelas da cidade de Paraty , no Rio de Janeiro, já eram pintadas de azul ( azul hortência, da simbologia maçônica) e branco, o que indica que a cidade foi urbanizada por maçons, mas não é somente a pintura das casas que denota a forte presença maçônica, em Paraty. Os símbolos maçônicos encontrados nas ruas e nas construções mais antigas demonstra que a presença da maçonaria data, na cidade, por volta do século XVIII. A cidade contava com a presença de um arruador, Antonio Fernandes da Silva, pessoa que cuidava de organizar as construções das ruas, das casas e das praças. Foi ele o responsável pelo - torto - das ruas e – desencontros – das esquinas. Esse arranjo evitava o vento encanado e distribuía, igualmente, o sol nas casas. Os cunhais – três pilares de pedra lavrada – presentes em algumas esquinas formavam o triângulo maçônico. As colunas das ruas da cidade formavam um portal, uma à direita e outra à esquerda da porta de entrada das casas, que tinha a função de informar ao visitante que ali morava um maçom e, que certamente o auxiliaria se necessário. Esta simbologia indicava ao iniciado, inclusive, o grau dos maçons de cada residência. Outro exemplo típico da simbologia maçônica é a proporção dos vãos entre as janelas, no qual o segundo espaço é o dobro do primeiro e, o terceiro é a soma dos dois anteriores no que resulta no – TODO – que é o retângulo áureo da concepção maçônica. As plantas das casas, feitas na escala 1:33:33, tem a marca da simbologia dos maçons, da ordem filosófica, cujo grau máximo é 33, uma forte referência. A cidade possui 33 quarteirões e, na administração municipal da época, havia o cargo de fiscal de quarteirão, exercido por 33 fiscais. No oriente de Paraty há apenas uma loja maçônica, datada de 1983, e filiada á Grande Loja ARLS – União Beleza número 88 – que tem como Mestre o irmão Carlos Alberto da Silva Pinheiro, empresário paratiense. Segundo Carlos, a antiga loja foi fundada em no ano de 1700 e, posteriormente filiou-se ao Grande Oriente Brasil. Conta-se que era uma loja muito forte, embora não haja registros, de fato, da sua atuação. São Roque, Santo místico esotérico, peregrino de San Thiago de Compostela foi o primeiro padroeiro da cidade.
O Centro Histórico de Paraty, considerado pela UNESCO como “o conjunto arquitetônico mais harmonioso”, remonta 1820 quando as ruas já possuíam calçamento “pé de moleque”. É patrimônio nacional tombado pelo IPHAN. Com a invasão das marés, na lua cheia, as ruas da cidade ficam inundadas, uma vez que a cidade foi construída ao nível do mar, motivo pelo qual é chamada de – Veneza Brasileira. A cultura do café, da cana, o porto e seus piratas, a maçonaria entre outras, as ruas traçadas do nascente para o poente e do norte para o sul, e as construções de moradias regulamentadas por lei, levando os desobedientes ao pagamento de multas e até à prisão, determinaram o traçado histórico da cidade. As ruas, protegidas por correntes que impedem o tráfego de veículos, preservam o encanto colonial, comércio variado, e uma produção cultural intensa. Os carros só podem trafegar pelas ruas que fazem limite com o centro: Rua Patitiba, Rua Domingos Gonçalves de Cabral, Rua Aurora e Rua Fresca, sendo que a maioria delas, possuem dois nomes confundindo os desavisados turistas. Influência religiosa católica vinda de Portugal. Paraty tem 04 igrejas, que eram frequentadas de acordo com os costumes da época: Senhoras aristocratas, Escravos, Homens pardos libertos, mulheres negras etc. Festas mais populares: Festa do Divino, Corpus Christi, Festa de Nossa Senhora dos Remédios, Festa de Nossa Senhora do Rosário entre outras. (FOTOS: REGINA OLIVEIRA) Publicado por Regina Oliveira em 12/04/2013 às 23h20
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |